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Manifesto pelo aprimoramento acústico da Sala Villa-Lobos do TNCS.

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O Teatro Nacional de Brasília foi concebido, em 1958, por Oscar Niemeyer que contou com a ajuda do cenógrafo Aldo Cavo, com os cálculos estruturais de Bruno Contarini, com o paisagismo interno e externo de Burle Marx, painéis de Athos Bulcão, móveis do designer Sergio Rodrigues e consultoria acústica do arquiteto Igor Sresnewsky.

A estrutura ficou pronta em janeiro de 1961. A Sala Martins Pena foi concluída em 1966. Os painéis de Athos Bulcão terminaram sua colocação naquele ano. Segundo relatos, em 1975 o arquiteto Milton Ramos, por solicitação do GDF, articula com Oscar Niemeyer e a equipe original e atualizam o projeto.

Em abril de 1981 o Teatro Nacional inaugura a Sala Vila Lobos com 1.407 lugares. O conjunto do Teatro compõe-se ainda das Sala Martins Pena com 407 lugares e Alberto Nepomuceno com 95 lugares. Contava com os Foyers das salas e o Espaço Dercy Gonçalves, inaugurado em 2000, projetado para ser restaurante panorâmico.

Em 2014 o Teatro Nacional foi interditado pelo MPDF sob a alegação de falta de segurança para os usuários. O Teatro Nacional de Brasília, que já foi palco de atrações nacionais e internacionais, segue fechado depois de 8 anos. 

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Teatro Nacional Claudio Santoro

Teatro Nacional Claudio Santoro
na Mídia

História

Teatro Nacional Claudio Santoro

 

HISTÓRIA

 

As obras de construção do Teatro Nacional começaram em 30 de julho de 1960, poucos meses depois da inauguração da Capital. A estrutura ficou pronta em 30 de janeiro de 1961, mas as obras foram interrompidas por um período de cinco anos, sendo retomadas parcialmente em 1966 para a inauguração da Sala Martins Pena.

 

Do traçado original de Niemeyer, o projeto adaptou-se às dificuldades e necessidades que surgiram ao longo dos seus mais de 20 anos de obra. A estrutura foi calculada pelo engenheiro Bruno Contarini. Em sua construção, foram utilizados 16.000m³de concreto e cerca de 1.600 toneladas de aço.

 

Nos primeiros dez anos de Brasília, o espaço vazio da pirâmide serviu para diversas funções, como campeonato de vôlei, missa do galo, espaço para alistamento militar, bailes de carnaval e concurso de beleza.

 

Após dez anos de atividade, a Sala Martins Penna foi fechada em 1976 para as obras de conclusão do Teatro Nacional, realizadas sob direção do arquiteto Milton Ramos. O teatro foi reaberto em 6 de março de 1979, com todas as salas concluídas, mas vários problemas técnicos fizeram com que novas obras fossem executadas a partir de novembro do mesmo ano. Nesta última etapa, foi construído o Anexo do Teatro, para abrigar a administração, a sede da Fundação Cultural (atual Secretaria de Estado de Cultura), salas de ensaio e galerias. Finalmente, no dia 21 de abril de 1981, a obra do Teatro Nacional foi oficialmente concluída e entregue à população de Brasília.

 

Entre os grandes nomes da música, da dança e do teatro que se apresentaram no Teatro Nacional Claudio Santoro, destacam-se Mercedes Sosa, Astor Piazzola, Yma Sumac, os balés russos Bolshoi e Kirov, o balé da Ópera de Paris, e, entre os brasileiros, Paulo Autran, Fernanda Montenegro, Dulcina de Moraes, Glauce Rocha, Ziembinski, Márcia Haydé, Márika Gidali e o balé Stagium, Grupo Corpo, João Gilberto, Caetano Veloso, Maria Bethânia e praticamente todos os principais nomes da música popular brasileira.

 

INAUGURADA POR CACILDA

 

Cacilda e Walmor em “Moeda Corrente”

Em abril de 1961, a companhia Teatro Cacilda Becker, dissidente do TBC (Teatro Brasileiro de Comédia), aterrissou na novíssima capital da República com a missão de inaugurar simbolicamente o Teatro Nacional, mais precisamente o espaço que, depois, viria ser a Sala Martins Pena (inaugurada oficialmente em 1966).  Traziam três peças no repertório.

 

Quando chegaram, um susto. O teatro não tinha nem as poltronas, estava com os tapumes em volta. Não havia vidros, nada. Cacilda perguntou como aquele espaço seria inaugurado. ”

 

“De repente, vieram 50 homens com vassouras, um formigueiro, que trabalhou dia e noite”, contou a maior atriz brasileira daquela época.

 

Em 21 de abril de 1961, primeiro aniversário da capital, Cacilda Becker e Walmor Chagas apresentaram “Em Moeda Corrente”, espetáculo de Abílio Pereira de Almeida sobre o tema corrupção, em meio a ruídos externos da construção do Teatro Nacional.

 

Estudantes e operários encheram o espaço para ver aquela que era a principal atriz dos palcos na época. A biógrafa da atriz, Maria Thereza Vargas, conta que Cacilda fez questão de convidar todos os operários da obra. Ela estava feliz neste dia,

 

“Havia infiltração de ruídos e a acústica estava péssima, mas Cacilda e o elenco seguraram. De repente, faltou energia e o público não saiu do lugar”, lembra-se Thereza.

 

Faltou luz no meio da peça e a narrativa seguiu à luz de velas. O público estava encantado com esse negócio de teatro. A luz não demorou a voltar e a peça foi retomada segundo as manifestações de exclamações e risos. Uma das cenas mais ovacionadas era a que a personagem de Cacilda se ajoelhava aos pés do marido (vivido por Walmor) e clamava para que ele aceitasse a propina.

 

“Nesta hora, a plateia ria e chorava ao mesmo tempo.  Era grotesco e lírico”, escreveu o crítico Décio de Almeida Prado.

 

Na cidade, com elenco formado ainda por Fredi Kleemann, Kleber Macedo e Alzira Cunha, Cacilda também apresentou “Pega-fogo”, um dos maiores sucessos da atriz, e “Protocolo”. Daqui, foram para turnê em Goiânia.

 

A voz de Cacilda foi a primeira a ecoar na Sala Martins Pena. Depois, a sala caminhou para abrigar espetáculos nacionais e estrangeiros, ganhando, com o tempo, a vocação de ser uma casa das artes gestadas no Distrito Federal. Enquanto a gigante Sala Villa-Lobos abrigava grande produções, a Martins Pena tornou-se um palco mais candango para música, dança, ópera e teatro.

 

ESTRUTURA

O Teatro Nacional Claudio Santoro (TNCS) foi projetado em 1958 por Oscar Niemeyer, com colaboração do pintor e cenógrafo Aldo Calvo, para ser o principal equipamento cultural da nova capital do Brasil. Chamado inicialmente de “Teatro Nacional de Brasília”, a partir de 1989 passou a se chamar oficialmente “Teatro Nacional Claudio Santoro”, em homenagem ao maestro e compositor que fundou a orquestra do Teatro em 1979 e dirigiu-a até sua morte em 1989.

 

Localizado no Setor Cultural Norte, próximo à Rodoviária, é um marco do Eixo Monumental e o principal equipamento cultural de Brasília. O Teatro Nacional possui 46 m de altura, 136 m de lateral, 95 m na fachada oeste, 45 m na fachada leste e 50 mil m, o Teatro Nacional Claudio Santoro possui 46 m de altura, 136 m de lateral, 95 m na fachada oeste e 45 m na fachada leste. Tem a forma geométrica de uma pirâmide sem ápice e ocupa uma área de cerca de 43 mil m², incluindo o Anexo. Sua área externa é revestida por um painel formado de blocos de concreto nas fachadas laterais, criado por Athos Bulcão em 1966.

 

O painel é o maior exemplar de uma obra de arte integrada a uma edificação no Brasil, medindo 125 metros na base maior por 27 metros de altura. Segundo Athos, essa era a sua obra favorita. Oscar Niemeyer disse-lhe que o Teatro Nacional precisaria ter um aspecto sólido, pesado, e ao mesmo tempo leve. Buscando solucionar tal oposição, Athos criou séries de paralelepípedos com cinco formas variadas que, dispostos nas paredes laterais inclinadas, proporcionam a sensação de leveza com a luz do sol e de peso com a sombra, de regra e liberdade, adquirindo movimento cíclico ao longo do dia. Por isso, o relevo é chamado de “O Sol faz a festa”.

 

O TNCS é integrado pelos seguintes espaços:

 

Sala Villa-Lobos

Inaugurada em 1981, a sala Villa-Lobos é a principal sala do Teatro e a única sala de ópera e ballet da cidade. Com capacidade de 1.407 lugares, sua área possui um palco de 450 m², com 17 m de abertura e 25 m de profundidade, além de 2 elevadores, 7 camarins e salas de ensaio.

 

Foyer da Sala Villa-Lobos

O Foyer é composto pelo piso do acesso principal do Teatro, entre os níveis superior e inferior da Plataforma da Rodoviária, com mezanino, sob a fachada oeste do edifício, e dá acesso à Sala Villa-Lobos e à sala Alberto Nepomuceno. Além da escada helicoidal que leva ao mezanino, uma obra de arte em si, ainda integram o Foyer obras de Alfredo Ceschiatti, Mariane Perreti, Athos Bulcão e os jardins de Burle Marx.

 

Sala Martins Pena

Inaugurada oficialmente em 1966, possui capacidade de 407 lugares, palco de 235 m², com 12 m de abertura e 15 de profundidade, 1 elevador e 15 camarins. No foyer, conta com painel de azulejos de Athos Bulcão e é bastante utilizada para exposições. Possui um busto de Ludwig Van Beethoven, doado pela Embaixada da Alemanha. Destina-se a saraus, performances, lançamentos de livros, coquetéis e exposições, com área de 412 m².

 

Um dos destaques da Sala Martins Pena é a obra “Painel Acústico”, de Athos Bulcão, localizada na parede direita (visão do palco). A obra é formada por 23 conjuntos de quatro peças de madeira envernizada, fixadas no topo da parede, dispostos em alturas variáveis. A obra tem uma variação contínua de altos e baixos relevos e é de 1978. O estudo de cores dos estofados, carpete e cortinas é assinado pelo artista.

 

Foyer da Sala Martins Pena

Conta com painel de azulejos de Athos Bulcão e é bastante utilizado para exposições. Possui um busto de Ludwig Van Beethoven, doado pela Embaixada da Alemanha. Destina-se a saraus, performances, lançamentos de livros, coquetéis e exposições, com área de 412 m².

 

Sala Alberto Nepomuceno

Inaugurada em 1979, tem capacidade de 95 lugares, palco de 14 m² e camarins. Sua entrada também se dá pelo Foyer da Sala Villa-Lobos.

 

Espaço Cultural Dercy Gonçalves

Projetado originalmente para ser um restaurante panorâmico, que chegou a funcionar por pouco tempo, o Espaço foi inaugurado em 2000 com a presença da própria Dercy Gonçalves. Tem 840 m², dos quais 500 m² de área útil, com ampla copa e capacidade para 300 pessoas.

 

Anexo do Teatro Nacional

Inaugurado 1981, foi projetado e construído por Milton Ramos, convocado por Niemeyer para detalhar e executar a obra inacabada do Teatro. Com 15 mil m², essa área passou a abrigar a sede da Fundação de Cultura do DF e, posteriormente, da Secretaria de Estado de Cultura do DF.

 

A REFORMA

Uma das mais representativas e importantes casas de espetáculos do país, o Teatro Nacional Claudio Santoro rompe, nesta sexta-feira (14.01.22), com oito anos de palco vazio e luzes apagadas. O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, assinou o projeto básico para obras de edificações que compõem o edital de licitação elaborado pela Novacap. Dessa forma, empresas aptas vão apresentar as propostas para concorrência com o teto orçamentário de R$ 55 milhões.

 

O impacto da obra se reflete também na economia do Distrito Federal. Com a reforma da Sala Martins Pena, estima-se a geração de 700 empregos diretos e 2100 indiretos movimentando também a economia do DF.

 

Por ser um bem tombado individualmente, o Teatro Nacional requer uma reforma sob rígidas normas de restauro. A obra é um convênio entre a Secretaria de Cultura e Criativa (Secec) e a Novacap, que vão atuar em conjunto com funções estabelecidas no Projeto Básico.

 

Essa é a primeira etapa da reforma do Teatro Nacional Claudio Santoro a partir do projeto executivo de arquitetura elaborado pela empresa Acunha Solé Engenharia. A proposta enviada pela empresa concorrente deve apontar soluções técnicas para reforma das instalações prediais, sobretudo, elétrica e climatização; recuperação estrutural, restauração de pisos, revestimentos, esquadrias e de imobiliários, incluindo revestimento acústico, além de atualização tecnológica e de segurança das estruturas e dos mecanismos cênicos.

 

O CAMINHO DA REFORMA

Em janeiro de 2014, no rastro da tragédia da Boate Kiss, o Teatro Nacional foi fechado por recomendação do Corpo de Bombeiros e do Ministério Público, por não atender a normas de acessibilidade e segurança vigentes. Foram identificados 132 não conformidades. No mesmo ano, a então Secretaria de Cultura realizou licitação e posterior contratação do projeto executivo de reforma.

 

A complexidade arquitetônica do projeto e sua ousadia quanto aos recursos tecnológicos pretendidos resultaram em um orçamento total de mais de R$ 200 milhões. Nos anos seguintes, a crise econômica do país e, em especial, a constatação de uma delicada situação financeira do Distrito Federal  tornaram inviável a realização da obra como um empreendimento único que demandaria a execução do valor integral previsto no projeto.

 

No governo Ibaneis Rocha, avaliou-se que a melhor alternativa seria a adequação do projeto executivo de forma a permitir a realização da obra em etapas, gradualmente, de acordo com a disponibilidade de recursos financeiros. Tal encaminhamento permitiria que, em uma primeira etapa, fosse reaberta a Sala Martins Pena, e em etapas posteriores as Salas Alberto Nepomuceno e Villa-Lobos e o Espaço Dercy Gonçalves.

 

No final de 2019, a Secec captou, junto ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, R$ 33 milhões, que seriam destinados à reforma da Sala Martins Pena. Foi assinado o convênio com a Novacap para elaboração do processo licitatório de obras.

 

Formou-se um Grupo de Trabalho, com um mutirão de técnicos e engenheiros e a presença dos gestores da Cultura e da Novacap. No entanto, a falta de documentos e as inconsistências técnicas no projeto originário desenharam um verdadeiro périplo para entregar o projeto básico para a Caixa liberar o recurso.

 

Foram mais de 400 plantas refeitas, e a equipe atendeu a mais de 2.000 pedidos de ajustes. Com o tempo exíguo e a urgência da reforma, o GDF resolveu desistir, em dezembro do ano passado, do Fundo por meio de distrato e resolver aportar diretamente o recurso para o restauro.

 

Confira nota da reforma:

Nota/Reforma do Teatro Nacional

 

O Foyer da Sala Villa-Lobos encontra-se aberto para visitação e realização de eventos.

Texto retirado do site oficial da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF

Teatro Nacional Claudio Santoro

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